E Vão Cinco Noves Fora Nada
Meus amigos e ocasionais transeuntes, este blogue faz hoje 5 anos que viu a luz do dia. Ao fim de cinco anos teve altos e baixos, mas ultimamente mais baixos que altos. Este dia vai ser também aquele que vou concretizar o que já pairava na minha cabeça há um tempo: fechar o tasco permanentemente. Tudo tem um tempo e uma altura certa para existir. É melhor acabar de vez do que arrastar um cadáver. Se muitas bandas fizessem o mesmo teríamos menos ruido à nossa volta. Já agora, se querem mesmo saber porque fechamos, foi mesmo o aumento do IVA. Como não tenho ninguém para despedir, fecho a loja. E vou seguir o conselho do nosso PM e emigrar, como de resto a Jarónimo Martins já fez. E também vou para a Holanda, mas vou vender cannabis.
Antes ficam aqui as minhas breves impressões do ano que findou. Em consonância com a crise, as escolhas são escassas e reflectem apenas o que tive pachorra de ouvir/ver/ler.
Os melhores de 2011, categoria músicas para bailarico:
1. Low – C'mon
seguidos de:
Veronica Falls – "Veronica Falls"
PJ Harvey – "Let England Shake"
Dum Dum Girls – "Only in Dreams"
Engracadito:
Tennis – "Cape Dory"
Um bom regresso:
Wire – "Strays"
Não Há Pachorra:
Radiohead – "The King of Limbs"
Com mais do mesmo, perdeu-se a graça:
Fleet Foxes – "Helplessness Blues"
Boa Canção que irrita muita gente:
Lana del Rey – "Video Games"
Os melhores de 2011, categoria concertos:
1. Swans @ Aula Magna
2. Bonnie “Prince” Billy @ Teatro Maria Matos
3. Ben Frost @ Teatro Maria Matos
4. Six Organs of Admittance @ Teatro Maria Matos
5. James Blackshaw + Nancy Elizabeth @ Teatro Maria Matos
6. Max Richter @ Teatro Maria Matos
Como podem reparar o Teatro Maria Matos é um espaço a ter cada vez mais em conta, inclusivamente financeira.
Os melhores de 2011, categoria filmes:
1. Sangue do Meu Sangue de João Canijo
seguido de
A Árvore da Vida de Terrence Malick
Beginners de Mike Mills
Mães e Filhas de Rodrigo García
O Discurso do Rei de Tom Hooper
Inception de Christopher Nolan
O Castor de Jodie Foster
Os melhores de 2011, categoria leituras:
"A Questão Finkler" de Howard Jacobson, por ser o único título editado em 2011 que li.
Com uma atenção especial a:
"O Retorno" de Dulce Maria Cardoso.
por ainda não ter lido, mas estar na já calha finalmente depois de me o subtrairem por duas vezes seguidas.
E por aqui me fico, com uma despedida em grande:
The Dave Brubeck Quartet – Take Five
Hasta Siempre. Vemo-nos na Revolução que tarda em chegar.