10 Anos Sem Kubrick
Ontem, dia 7 de Março, decorreram 10 anos sobre a morte de Stanley Kubrick que faleceu escassos dias após ter concluído o seu último filme, “Eyes Wide Shut”. Para os cinéfilos e admiradores em geral, é inevitável a pergunta: como seria o próximo filme de Kubrick? Atendendo ao facto de cada um dos seus últimos filmes ter saído com intervalos de tempo cada vez maiores, 4 anos entre “A Clockwork Orange” e “Barry Lyndon”, 5 anos entre este e “The Shining”, mais 7 anos para “Full Metal Jacket” e mais 12 anos para “Eyes Wide Shut”. O mais provável seria não haver ainda um novo projecto, mas a haver seria diferente, de tudo e de todos, incluindo dele próprio. É esta surpresa e capacidade de reformulação cinematográfica que torna a obra de Kubrick tão singular e, ao mesmo tempo, fascinante. E este fascínio deixa-nos órfãos perante uma miríade de cineastas, alguns dos quais igualmente grandes, mas nenhum suficientemente egocêntrico, obsessivamente meticuloso e louco megalómano à escala do que Kubrick foi, e foi tão grande que vergava os próprios estúdios (Warner) para quem trabalhava (ou talvez fossem os estúdios que trabalhassem com ele). Em qualquer dos casos, Kubrick faz-nos falta e de uma coisa apenas poderemos estar certos: não haverá mais nenhum filme seu.
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