Farewell, Farewell
É a dobrar, porque o ano ainda mal começou e já duas almas deixaram a nossa companhia.
Soube-se hoje nos meios de comunicação social que Lhasa de Sela, a cantora de origem mexicano-americana, tinha falecido com apenas 37 anos nos primeiros instantes deste novo ano, o qual havia acabado de dar as boas vindas aos habitantes de Montreal, no Canada. O cruzamento das culturas mexicana, cigana e anglo-saxónica deu-lhe os ingredientes para construir uma curta carreira, em anos e em discos, mas rica em diversidade e originalidade. Por ser tão única, e por isso tão pessoal, é daquelas expressões musicais que não são passíveis de serem emuladas e portanto é bem possível que não seja objecto de futuras recordações. Pois aqui, como forma de não ficar esquecida, deixo-vos com o tema “De Cara a la Pared” do seu primeiro disco homónimo, Lhasa, e que ouvi pela primeira vez não sei bem há quanto tempo, mas foi muito próximo da data da sua edição.
O segundo personagem a deixar-nos foi Tibet, o desenhador franco-belga que nasceu em 1931 em Marselha, França, como Gilbert Gascard e veio a falecer ontem, na Côte d'Azur. A sua carreira inicia-se em Bruxelas para onde foi viver aos 16 anos trabalhando nos estúdios da Disney. No entanto, é conhecido pela criação das personagens Ric Hochet e Chick Bill, duas séries que fizeram as delícias dos amantes de BD na revista Tintin.
1 comment:
A morte da Lhasa, que era apenas uns meses mais nova que eu, para além de me deixar estupefacto, fez-me reflectir na força que a música tem na minha vida (e na dela).
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