Saturday 28 May 2011

A Revolução do Gil

Raras vezes faço ecos de óbitos, mas Gil Scott-Heron foi um dos nomes fundamentais da música negra americana, nome influente no desenvolvimento dos estilos musicais hoje conhecidos como rap e hip-hop. Possuidor de uma voz de barítono vinda das profundezas da alma, Scott-Heron havia editado um disco o ano passsado, por sinal enaltecido aqui como um dos melhores que saíram durante o ano, após mais de uma dezena de anos de silêncio. Como gesto de homenagem ao homem que foi e ao legado que nos deixa, fica aquele que será, porventura, o seu tema mais celebrado, “The revolution will not be televised”.



The revolution will not be televised - Gil Scott-Heron (Small Talk at 125th and Lenox, 1970)

Sunday 15 May 2011

FMI, ou...

Fode-Me Intensamente.

Friday 6 May 2011

Chico Experts

Agora que vamos tendo uma ideia da forma como nos vão apertar os calos nos próximos anos, têm-se desmultiplicado em debates e comentários vários “especialistas” de economia que não se cansam de lançar para o ar meia dúzia de opiniões avulsas e gratuitas sobre a sua maneira peculiar de poupar dinheiro ao Estado. Numa das que ouvi, por alguém de quem se diz ter nome na praça, o seu discurso pegava em meia dúzia de indicadores, tais como os rácios docentes/alunos em Portugal, para vaticinar logo com uma ligeireza descomunal a forma como cortar despesa na Educação. Pois bem, eu nem sequer quero estar com veleidades equivalentes, até porque tenho de me remeter à minha humilde posição de pessoa vulgar e comum, sem a mesma visão presciente de sumidades deste calbre, para contra-argumentar sobre o que se passa na Educação, matéria que em grande parte desconheço mas que também reconheço ter os seus problemas. Mas não resisto a fazer um exercício semelhante: Como na Assembleia da República, dos 230 deputados do hemiciclo eu ouço intervir, em média, apenas uma dúzia deles, parece-me óbvio onde cortar nos gastos desmesurados da instituição, logo a começar no número de deputados seguido do pessoal de apoio para aquela gente toda.

Se os nossos “especialistas” não conseguem construir opiniões melhores do que aquelas que se ouvem da boca do homem da rua, melhor será as televisões deixarem de pagar aos comentadores e convidados de estúdio e façam mas é directos com abordagens aos transeuntes ocasionais. Não só a informação não piora, como ficaremos a saber qual o verdadeiro sentir do povo.