Wednesday 29 October 2008

O CNE Ataca de Novo!

Em tempos ouve um ministro que viu o oásis em Portugal, e mais ressentemente até à um que plantou um deserto na margem çul. E agora tenho para mim que no Ministério da Educassão andam a ter mirajens. O estado da Educassão em Portugal está ao seu melhor nível. Os resultados dos ezames nacionais melhoraram este ano de uma forma expantóza. Até para mim é um mistério que os paises estranjeiros não venham cá estudar os progressos atingidos pelo governo. Agora é o grupo de terroristas armados do CNE que vem apreguar que os alunos nem sequer devem xumbar até aos 12 anos. Axo que esta proposta vem terminar com uma injustissa medônha pois eu próprio fui vítima de perseguissões sistematicas por parte dos profs de português que me xumbaram durante 20 anos concecutivos (sem nunca me esplicarem porquê). Oje tenho pendurado na parede o meu diploma da Independente em Estudos Portugueses que é para eu um dia exfregar nas trombas dos meus profs e mustrarlhes que consegui aquilo que me diceram que nunca conseguia (ou conceguiria, já não sei bem...). E digo ainda mais que se deve levar a proposta mais lonje e acabar de vês com os xumbos, desde a primaria até ao doutouramento, que eu acim posso ter uma xances de arranjar um também (o raio é que já fexaram a Independente). Por isso mesmo tambem axo que os terroristas do CNE devem propor o saneamento dos profs competentes, pois se estes se mantém nas escolas são uma ameassa para os terroristas do CNE que voltem para eças escolas quando o taxo se acabar. E por favor não se esquessão de mim, tá bem? Eu até tomava café com o Sócrates lá na Independente, do tipo assim a duas mesas de distancia, mas lá que tomava, tomava!

Tuesday 28 October 2008

O (h)OMO (sapiens) Lava Mais Branco

Passe a leve referência publicitária no título, esta fotografia tem tanto de belo como de assustador, embora esta última característica esteja oculta ao leitor não informado. E é para isso que aqui estamos: esclarecer! A fotografia, retirada hoje do site do Público, representa corais da Grande Barreira Australiana descoloridos devido a um fenómeno conhecido como “coral bleaching”. A descoloração dos corais deve-se à morte dos organismos simbióticos que com eles vivem, normalmente algas fotossintéticas, que por sua vez resulta de dois factores principais: 1. modificação da temperatura das águas do oceano, nomeadamente aquecimento; 2. acidificação dos oceanos, devido ao aumento do CO2 atmosférico que não é mais que um ácido (embora fraco, não deixa de o ser). As conclusões são desnecessárias. Cada um tire as suas!


Fotografia: Ove Hoegh-Guldberg/ cedida à Reuters pelo Centro de Estudos Marinhos da Universidade de Queensland.

Tuesday 14 October 2008

Deixem-me Trabalhar!


Pois é! A partir de dia 20 de Outubro, Ringo Starr, o Beatle Mono, vai deixar de dar autógrafos e receber correspondência dos fans. Meus amigos, tenham lá paciência e compreensão para com o homem, que o tipo está numa idade que já nem duas seguidas consegue dar num ano. Aliás, a equipa cá da casa conseguiu por artes travessas uma cópia de um registo audio do Ringo num momento de verdadeiro desespero pela situação que o levou a colocar um vídeo na inetrnet.

(Avisa-se que as palavras que se seguem podem ferir gravemente a sensibilidade dos leitores mais impressionáveis)

(Ruido branco) (voz de Ringo Starr) “...não há pachorra, pá! Foda-se! Cabrões de fans sempre a pedinchar estas merdas... estou farto, pá! Vão todos pró caralho! À custa desta merda já estou com uma tendinite na mão, o pulso fodido de pegar na caneta, já nem toco bateria decentemente....” (outra voz) “...mas tu nunca tocaste bateria decentemente. E vê lá se te acalmas que o pessoal já aqui está para gravar a tua declaração.” (voz de Ringo Starr) “Manda esses gajos pró caralho também! Mal entraram houve logo um que me pediu para assinar a merda do microfone. Deixem-me trabalhar! Não tenho tempo para estas merdas.” (outra voz) “Foda-se! O gravador está ligado. Desliga-me essa merda, pá!...” (Ruido branco)

Paz e Amor, meu!

Sunday 12 October 2008

Dedicatória ao Grupo Parlamentar do PS

Ainda há poucas semanas trouxe aqui a Tom Robinson Band (TRB), e agora deixo duas peças musicais desse contundente grupo, mais politizado que os The Clash.

TRB - EP Rising Free (1978)

TRB - Power in the Darkness (1978)

Darkhaired dangerous schoolkids
Vicious, suspicious sixteen
Jet-black blazers at the bus stop
Sullen, unhealthy and mean
Teenage guerillas on the tarmac
Fighting in the middle of the road
Supercharged FS1Es on the asphalt
The kids are coming in from the cold

Look out, listen can you hear it
Panic in the County Hall
Look out, listen can you hear it
Whitehall (got us) up against a wall
Up against the wall...

High wire fencing on the playground
High rise housing all around
High rise prices on the high street
High time to pull it all down
White boys kicking in a window
Straight girls watching where they gone
Never trust a copper in a crime car
Just whose side are you on?

Look out, listen can you hear it
Panic in the County Hall
Look out, listen can you hear it
Whitehall (got us) up against a wall
Up against the wall...

Consternation in Brixton
Rioting in Notting Hill Gate
Fascists marching on the high street
Carving up the welfare state
Operator get me the hotline
Father can you hear me at all?
Telephone kiosk out of order
Spraycan writing on the wall

Look out, listen can you hear it
Panic in the County Hall
Look out, listen can you hear it
Whitehall got us up against a wall
Up against the wall...

Saturday 11 October 2008

Que Pague a Crise Quem a Criou!


Nem mais! E na sequência do que já aqui havíamos mencionado, esta fotografia faz-nos sentir que afinal não seremos todos otários.


Fotografia: Luke MacGregor/Reuters in Público.

Thursday 9 October 2008

O Nobel da Física 2008


Não é que tencione dar uma notícia que já muita gente sabe, nem explicar grandemente a razão do Prémio Nobel da Física em 2008, coisa que aliás nem sequer consigo fazer como deve de ser. Acontece que este ano os laureados, Makoto Kobayashi, Toshihide Maskawa e Yoichiro Nambu descobriram o fenómeno de quebra espontânea da simetria no mundo das partículas subatómicas bem como a origem dessa quebra de simetria a qual permitui prever a existência de pelo menos 3 famílias de quarks. Ora, caros leitores, estão a ver a razão do nosso contentamento. Um Nobel que celebra a existência do nosso alter-ego que aqui se dá ao trabalho de vir rabiscar umas palavritas sobre assuntos vários que ora deambulam pela ciência, ora pela música, ora pela boa disposição, ora pela política e opinião, é algo para comemorar.

Não foi na altura em que estes ilustres cientistas descobriram esta quebra de simetria que o termo quark nasceu. Esse baptismo veio do trabalho de outro físico que formulou um esquema de classificação para os hadrões de que resulta o modelo dos quarks, trabalho que conjuntamente com a matemática que confere ao modelo um carácter predictivo lhe valeu o Prémio Nobel da Física em 1969, Murray Gell-Mann. Para o efeito, Gell-Mann queria uma palavra que imitasse o som dos patos (digam lá que os cientistas não têm espírito e capacidade para bricarem com o que estudam...) até que se deparou com a palavra quark no poema Finnegans Wake de James Joyce, o qual reza assim (isto vem repetido vezes sem conta em inúmeros livros de divulgação):

Three quarks for Muster Mark!
Sure he has not got much of a bark
And sure any he has it's all beside the mark.

E assim, caros leitores, ficam a conhecer um pouco sobre a origem do meu misterioso nome... A estranheza é mesmo um “sabor” quântico.

Sunday 5 October 2008

Velha p'ra Caraças!

É o que uma rocha encontrada num afloramento no Quebeque, Canada, é após ter sido medida a razão dos isótopos de neodímio e samário pela equipa de Jonathan O'Neil da Universidade de McGill em Montreal. O grupo de rochas a que este afloramento faz parte já havia sido datado como tendo 3,8 mil milhões de anos usando um mineral muito útil para o efeito: o zircão, que é um silicato de zircónio extraordinariamente resistente à alteração. Acontece que a rocha agora datada não continha zircões pelo que os investigadores tiveram de usar outro método. E a bonita idade do exemplar? Uns singelos 4,28 mil milhões de anos, quebrando em 250 milhões de anos o anterior recorde. Atendendo a que a nossa visão da Terra primitiva é tão boa quanto a de um objecto a 2 km de distância numa noite de nevoeiro cerrado, este resultado demonstra que a diferenciação de uma crosta sólida terá ocorrido cedo na história do planeta que já leva uns respeitáveis 4,6 mil milhões de anos.

O trabalho científico foi publicado há pouco mais de uma semana na revista Science.