Tuesday 20 May 2008

Alguém Sabe o que é o CNE?

Será “Confraria dos Necessitados de Emprego”? Não! Será “Consórcio de Nepotismo Eclesiástico”? Também não! Ou será “Conglomerado de Niilistas Estúpidos”? Convenhamos que está perto, mas também não! Ao que parece quer dizer “Conselho Nacional de Educação”.

E o que é que o CNE propôs e lançou na praça pública? A fusão dos 1º e 2º ciclos do Ensino Básico. E que obscura razão sustenta tamanha alarvidade? Acabar com a transição brusca entre o 4º e 5º ano de escolaridade, pois as criancinhas ficam deveras traumatizadas com estas chatices das mudanças dado que é um contraste “violento e repentino” (sic). Assim ficariam com um só professor por mais dois aninhos que deverá arcar com os programas das diferentes disciplinas que fazem parte do curriculum. É obra! Seguramente apenas tipos enciclopédicos e extraordinariamente dotados deverão assegurar tal cargo em virtude da importância fundamental na aquisição de conhecimentos e conceitos base em disciplinas como Matemática ou Português. O tal ciclo de 6 anos “visaria neutralizar as transições bruscas identificadas ao nível da relação dos alunos com o espaço-escola, as áreas e os tempos de organização do trabalho curricular e a afiliação dos professores” (não é por acaso que este discurso adquiriu o epíteto de “Eduquês” e na minha instituição diz-se que é ministrado no Departamento de Ciências Ocultas). Como se não bastasse um bando de tresloucados idiotas lançarem arrochadas deste calibre com aura de seriedade académica o governo, na pessoa do Secretário de Estado da Educação, Valter Lemos, em vez de os mandar passear e irem fazer algo de útil à sociedade ajudando uma ONG em locais de conflito armado, admite que isso até possa ser feito, embora não agora e depois de um largo consenso sobre a matéria. Qual consenso qual carapuça! Prendam mas é estes tipos que causam mais estragos ao País que um conflito armado no Médio Oriente. Isso sim, era um acto patriótico passível de condecoração no próximo 10 de Junho.

Em tempos corria a célebre frase “Se acham que a Educação é cara, experimentm a ignorância”. Infelizmente, creio que já a experimentamos pois não me ocorre melhor adjectivo para caracterizar esta gente.

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