Monday 8 February 2010

República de Bananas

Em tempos muito idos, foi este grande feito que aqui a equipa atribuíu ao Sr. Jardim. Quando nos chovem notícias do mau momento económico que o país atravessa, com o governo a desfazer-se em explicações para controlar o descalabro da imagem portuguesa a nível internacional, políticas de congelamento salarial e tentativa de contenção da despesa pública, a oposição (nem sei bem porquê, mas talvez porque sim) aprova uma lei que permite um acréscimo de 52 milhões de euros nos gastos para a região autónoma da Madeira. O Sr. Silva ainda terá oportunidade de vetar a dita, embora não pareça que isso venha a acontecer. Entretanto, o Sr. Sócrates e o Sr. Santos, já vieram dizer que tudo farão para contrariar a aplicação da lei, uma espécie de refúgio para compensar a ameaça de demissão política. Entretanto crê-se que o Sr. Louçã, o Sr. Sousa, o Sr. Portas e a Srª D. Manuela terão lugar cativo nas festas madeirenses do próximo fim de semana, como forma de abrilhantar devidamente este momento de elevação e responsabilidade política perante o eleitorado e as pessoas que acham que o que aqui está em causa não é o valor da despesa, mas sim o princípio. Para mais estando tudo isto enquadrado num historial de despesismo ostensivo e criador de clientelismo político que subsiste há vários anos no arquipélago em questão. Aliás, só em pleno ambiente carnavalesco se consegue assistir à bancada direita do parlamento aplaudir a bancada esquerda, e não terão sido os seguidores do governo os únicos a ficar boquiabertos. Pior que caricata, a situação é profundamente triste pois nem um dos intervenientes sai merecedor sequer do respeito dos eleitores, uns pela asneira que proporcionaram e os outros por não demonstrarem dignidade suficiente para transformarem em facto o que não passou de uma ameaça. E o que eu me riria a bandeiras despregadas se o Sr. Sócrates viesse a ganhar uma maioria absoluta. Por muito que me custe essa eventualidade, teria sido o merecido castigo para esta corja de imbecis que não consegue elevar a política acima de questiúnculas saloias. Da minha parte, era desta que o Dr. Garcia Pereira levava um voto meu.

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