Wednesday 2 May 2007

Major Tom to Ground Control


Os astrónomos do Observatório Europeu do Sul (ESO – European Southern Observatory) descobriram um planeta extra-solar, o Gliese 581 c, que dos descobertos até hoje é o que aparenta mais semelhanças com a nossa Terra. Ainda assim, tem 5 vezes a massa do nosso planeta, mas acalenta as esperanças que possa conter água na sua superfície em face da sua posição relativamente à estrela que orbita, uma anã-vermelha. É óbvio o entusiasmo por tal descoberta, fundamentalmente pelo que implica em termos de possibilidades para a existência de vida fora do nosso sistema solar. Até agora, todos os planetas descobertos têm pouca aparência com a Terra e até com as características do nosso sistema solar. A maioria são gigantes (do tipo Júpiter) e orbitam a distâncias inferiores à nossa distância do Sol das respectivas estrelas. Este facto decorre da dificuldade da sua observação: os planetas não emitem luz, pelo que são detectáveis por formas indirectas como sejam a diminuição periódica da luminosidade da estrela por via do trânsito do planeta, ou oscilações na orbita da estrela induzidas pela presença destes planetas. Para medir estes efeitos, os planetas precisam mesmo de ter uma massa apreciável, pelo menos até que os métodos de detecção não melhorem de forma considerável.

2 comments:

Prometeu said...

Se por lá houver vida, esperemos apenas que esteja numa estádio de evolução mais avançado que o nosso, ou seja, com ócio activo para todos e a erradicação de agentes nocivos como a poluição atmosférica e o Benfica.
Wishful thinking...

strange quark said...

A questão da vida noutros pontos do Universo tem sido objecto de aceso debate, e o físico Enrico Fermi terminava sempre essas discussões entre os acérrimos defensores da vida extraterrestre com um eloquoente: "Se o Universo está cheio de alienígenas inteligentes, onde é que eles estão?" Não deixa de ser, em si, uma observação inteligente, que me leva a concluir que, de facto, a vida extraterrestre se encontra mesmo num estado mais avançado, pois nem sequer se atrevem a colocar aqui um dedo mindinho que seja...